sábado, 29 de maio de 2010

Pequenas alegrias urbanas (162) -- O coxo

Ao sair do bar tropeçou e, com uma dor aguda na perna, se pôs a pedir que o ajudassem a se levantar, mas, como sua voz estava engrolada como a de um bêbado, ninguém se prontificou a auxiliá-lo até aparecer na esquina um homenzinho que, porém, coxeava e estava demorando tanto para chegar que o acidentado acabou rindo, como se dissesse que aquele estava pior do que ele, o que fez o homenzinho, coxeando mais penosamente e agora também xingando, ir embora e deixá-lo no chão, sob abertos comentários de que bêbados não tinham mesmo vergonha na cara nem consideração por ninguém.

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