quarta-feira, 7 de julho de 2010

Lírica (187) - Veneno

No dia em que lhe caiu diante dos pés uma flor e ele a chutou para dentro da água da enxurrada, começara a se desiludir com o amor e já conhecia um pouco do seu veneno. Mas era só o início. Meses depois, se lhe caísse à frente dos pés outra flor, ele a chutaria com mais rancor ainda e reservaria um pontapé também para a árvore, pela indesejada oferenda.

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