domingo, 1 de agosto de 2010

Lírica (317) - Para onde?

Talvez nem tivesse sido ela a mulher que ele viu entrar no vagão do metrô. Mas, empurrando todos os que estavam à sua frente, ele tentou entrar também, porém a porta se fechou antes que ele conseguisse. Ficou parado então, junto com os passageiros que esperavam outro trem. Chegou um, veio outro, mas ele continuou ali, como se não houvesse mais sentido em ir para lugar nenhum. Não estar naquele vagão era, para ele, como não estar no mundo.

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