terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lírica (1.011) - Tu

Todos os lugares a que não fui nesta amada cidade jamais me fizeram falta, até o momento em que te conheci. Agora, abro o guia, percorro os mapas e lamento não termos estado aqui, ali, acolá. Ponho o dedo numa página, em outra, numa vila, num parque ou bairro, e me dói não havermos estado juntos em ruas com nome de flores, de árvores e até em ruas que ainda não carregam o peso de mortos ilustres e se denominam simplesmente A, B, C, D. Não é a cidade que me faz falta. És tu.

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