domingo, 19 de dezembro de 2010

Madrugada

Não tem coragem. Se tivesse, não precisaria suportar os calafrios da noite e os suplícios da memória, não teria de ouvir os passarinhos nem tolerar o sol e os alegres ruídos matinais daqueles que, ao contrário dele, descobriram ou fingem ter descoberto a beleza da vida.

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