segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Quanto vale

Escreveu um poema em que, no final, pede um beijo à amada. Esmerou-se em cada sílaba, mandou a mensagem e agora espera a resposta. Sabe que o poema não vale um beijo, talvez nem um sorriso, mas torce para que a amada esteja desatenta e não note a pobreza de ritmo e a indigência das rimas. Sente-se terrivelmente desonesto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário