domingo, 13 de março de 2011

Nos muros

Os perjuros
encheram de
corações os muros
crivaram de setas
e de declarações
as esquinas
e os quarteirões

Juraram
e abjuraram
proclamaram
e renegaram

O tempo
vai desfazendo
os corações
as setas
e as frases amorosas
lavradas
com letras espalhafatosas

Os nomes
se apagam nos muros
os nomes louvados
tão cedo olvidados
fulanos e beltranos
adrianas e adrianos
chamas que queimaram
e se transformaram
em cinzas apenas
em meros enganos

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