quarta-feira, 15 de junho de 2011

Do amor

Agora navega em um lago cujas águas o vento não toca e ondas não agitam. Mas tem saudade do mar proceloso, do azul repentinamente irado, das chibatadas do tufão no casco e dos brados coléricos dos marinheiros. Tem saudade de gritar pela amada no convés devastado e de, absurdamente salvo, acordar numa praia desconhecida e atribuir o milagre não à invocação de Deus, mas do nome dela no meio da borrasca.

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