sábado, 24 de setembro de 2011

Êxtase

Sentiu o toque da beleza, uma tarde, e soube que nunca mais lhe ocorreria algo igual. Não comeu mais, não dormiu, e só respirou porque era algo que independia de sua vontade. Morreu uma semana depois, e esses últimos sete dias, os mais venturosos de sua vida, fixaram-se em azul nos seus olhos. Havia neles um brilho que um cunhado, vendedor de frios, definiu como êxtase, atônito por não atinar como essa palavra tão inusual fora parar em seus lábios.

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