quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

No, Mario, no

Desgostam-me profundamente os textos em que Mario Vargas Llosa trata de assuntos políticos. É triste ver tanto talento desperdiçado com questões de que outros tratariam melhor ou pelo menos de igual forma. O episódio Fujimori parece não ter deixado nenhuma lição. Como é maçante ver artistas resolvendo transformar suas obras em panfletos. Quem quer ver um Prêmio Nobel de Literatura falando de alianças e coalizões? Tentando ser edificantes, os grandes escritores, quando cedem a essa tentação, tornam-se não mais que paulificantes. Por contraste, cabe a pergunta: a quem agradaria ler um romance escrito por Hugo Chávez? Se bem que para mim seja difícil imaginar algo de Chávez que possa me agradar. É tão difícil chegar a ser Mario Vargas Llosa... Então, por que não ser Mario Vargas Llosa todos os minutos do dia?

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