domingo, 24 de junho de 2012

Diz, diz

Diz que me amas, diz, diz, ela exigiu dele, mordendo-lhe a orelha, no primeiro encontro que tiveram, e também no segundo, e também do terceiro em diante, até a noite em que o empurrou para fora da cama: "Para de cuspir na minha orelha, para. Eu não aguento mais essa encheção de te amo, te amo, te amo. Ah, ninguém merece." Nunca mais se viram nem se disseram nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário