quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Flor

Espanta-me ainda o teu amor, como se fosse uma rosa que, subitamente surgida entre as pedras de um jardim, retivesse para sempre o dono em casa, temeroso de que, tão subitamente quanto apareceu, ela se fosse, arrebatada talvez por um convite malicioso do vento. Olho para a rosa e em qualquer brisa vejo um disfarce do vento. Como anteontem, como ontem, não sairei de casa.

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