segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um poema de Mário Cesariny

"TOCATA

Quando tu tocas débussy
chove extraordinariamente
o sol as casas levemente doira
mas na saleta está-se bem
fazes sempre sempre assim!

por mim
sinto um duende benigno que sorri
não bem de ti!
nada de débussy!
mas do igual da hora
de sempre chover
de estar sempre frio lá fora
quando tu tocas débussy."

(Do livro "Manual de prestidigitação", publicado pela Assírio & Alvim, de Lisboa.)





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