quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Kama Sutra - LXXI

Ele sonha escrever um poema que fosse como uma laranja que a bem-amada partisse ao meio, chupasse e depois cuspisse displicentemente as sementes, semente a semente, na terra. Da árvore que ali nascesse ele colheria laranjas que, mordidas carinhosamente e chupadas pela sua boca, pareceriam ter, além da própria, a inquietante doçura dos lábios dela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário