quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Desejar bom dia...

... e felicidade a todos. Ser pródigo nisso, como alguém que, subitamente enlouquecido, se pusesse a atirar toda a sua fortuna de um helicóptero. Jogar tudo, até a última nota, até a derradeira moeda. Depois, chorar toda a tristeza que a alma acumulou em tanto tempo, chorar tão escandalosamente que fossem chamados psicólogos, a polícia, os repórteres. Chorar de um modo que precisasse ser registrado no Guinness, chorar com tal empenho que a defesa civil fosse urgentemente chamada para evitar inundações e catástrofes. Chorar de tal forma que a alegria alheia, pelo contraste, fosse uma alegria de gargalhadas que derrubassem árvores e destelhassem casas. Chorar rios e mares, para que as manchetes dos jornais não tivessem como deixar de pôr na primeira página a espantosa e maravilhosa notícia de um homem que enfim, fazendo isso, pudesse liberar todos os outros e estimulá-los a tornar habitual esse ato simples que tornaria o mundo muito melhor: chorar.

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