quarta-feira, 27 de março de 2013

Disse bom dia...

... e ia desligar isto para andar um pouco e seguir na rua alguém que no rosto tivesse alguma alegria. E roubá-la, se ele se distraísse. Mas sinto hoje, agora, às 10h34, que estou, como bilhões de pessoas, dependente deste monitor, deste teclado. Descobri que andar rabiscando coisas para depois transcrevê-las aqui é quase uma desonestidade. Isto é para ser usado sem premeditação, sem covardia. É como se encontrássemos repentinamente um amigo. Isto aqui é para dizer ao amigo que encontramos repentinamente aquilo que se diz aos amigos que encontramos repentinamente. Olá, tudo bem? E é para sabermos dele que tudo vai indo, como tudo sempre vai. E para lhe dizermos que nós também vamos indo. Fútil, isso? E a vida, o que é? Ah, se eu conseguisse ser assim, descomplicado, direto, despretensioso, se eu não tivesse a mania de querer carregar o mundo nas costas e de apregoar: vejam como carrego bem o mundo. Se eu pudesse abrir isto aqui e dizer só alô e não esperar de volta nada além de alô. Se eu pudesse escrever mensagens de três toques, nada mais, e dizer alô.

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