sábado, 23 de março de 2013

Hora de...

... sair daqui, depois de tantas horas escrevendo. Não sei o que acontecerá agora. Provavelmente a depressão, mal de que padeço há duas décadas, intermitentemente. Todos nós temos uns três ou quatro piores dias de nossas vidas. Eu vivi um deles ontem. Como se diz, jamais serei o mesmo. Perder as ilusões quando se é jovem é uma parte da rotina, ou, como se diz, um rito de passagem. Embora na época duvidemos, sempre vêm outras. Perder as ilusões quando se enxerga já o fim do caminho é saber que se perdeu a última - e é pior ainda se essa última foi a que achamos a maior de todas. Como costumam fazer os homens, hoje atirei a esmo, procurando culpados. Faria melhor se atirasse em mim, bem no meio deste rosto desprezível. É normal isso, embora não justifique que eu me escuse da covardia cometida. Não me escuso. Digo aqui que, como sempre, nessas batalhas emocionais em que me empenho, exponho a minha face mais hostil e execrável. Penso que, com isso, fica quase explícito que peço desculpas pelos excessos. Mas quase não basta. Peço então, com todas as letras, desculpas a todos aqueles que submeti a essa verborragia insana que já vai para doze horas. Para um blog que desde o primeiro dia se anunciou como um blog de literatura, é deplorável. Mais apropriado seria, pelo menos hoje, se eu o dedicasse a estudantes de psicanálise. Gostaria de me sentir um homem melhor amanhã. Mas sei que é mais uma aspiração do que uma possibilidade.

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