sábado, 23 de março de 2013

Simplesmente...

não sei o que ainda estou fazendo aqui. Isso é grave, num lugar em que todos sabem o que fazem e, por serem 99,9% de todos, jamais alguém os chamará de errados. Tudo é questão de estatística e, como não desfalcarei o lado deles, é provável que me deixem cair fora. Não lhes farei falta. Há mais duas ou três exceções que poderão confirmar a regra, se bem que eu venha notando também neles certa inquietação. Há várias formas de liberdade e talvez eles me acompanhem. Para não darmos trabalho, iremos para o lago. Haverá um sol crepuscular em torno e será a única testemunha. Nada restará de nós. Moraremos no fundo, bem no fundo. Que não nos acusem de nada mais depois de mortos, a não ser de não sabermos nadar.

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