domingo, 21 de julho de 2013

Que seja uma boa tarde para...

... todos. Quanto a mim, eu há muito já não sei o que é isso, e já nem esperanças tenho. No dia em que me aparecer uma boa tarde, nem saberei reconhecê-la. Imagino que será diferente de todas as que tive nos últimos três anos. Talvez eu, por via das dúvidas, exija dela um certificado de garantia. Os sentimentos se tornaram tão mensuráveis, tão qualificáveis, que o Procon há de ter uma tabela para esse tipo de produto. Para o amor também já deve haver algo assim, um ISO qualquer. Tudo nosso há de ser avaliado em escalas de um a dez. Ao diabo com isso. Internem-me, mas eu lhes digo que o amor jamais se enquadrará em nenhuma classificação. O amor, sei lá, é um condor atravessando soberanamente uma cordilheira. O resto é sexo e putaria.

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