quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Soneto do amor ao qual culpa não se pode imputar

Se tu me tens desapreço,
Por ser eu tão insistente,
Entendo perfeitamente
E pago, amiga, o teu preço.

Bem sei que não te mereço,
Que te querer é demente,
Mas sou assim, persistente,
E insisto, e não esmoreço.

Não fiques demais zangada,
Não tenho culpa de nada,
Quem tem culpa por amar?

Me trata com complacência,
Com toda a condescendência,
Me deixa ao menos sonhar.

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