sábado, 23 de novembro de 2013

Soneto do pássaro que cantava o amor

Ontem eu senti no peito
O pássaro que acolhi
No tempo em que estive a ti
E ao teu afeto sujeito.

E aquele canto perfeito
Que dele eu outrora ouvi
Que o repetisse pedi,
Porém sem nenhum efeito.

Ele tentou, se esforçou,
Mas quando afinal cantou
Nem eu o ouvi, nem ninguém.

Ele sabia, como eu,
Que assim como o amor morreu
Ele está morto também.

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