quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Soneto do que deves dar a um amor defunto

Que não te poupem as dores
E nem a melancolia,
Se o amor passado tu fores
Rememorar algum dia.

Mas não lhe ofereças flores,
Porque ele as rejeitaria.
Há orgulhosos amores,
Mais do que se suporia.

Se tu não te importares,
Se meu conselho aceitares,
Serei contigo bem franco.

Como o mataste menino,
Nada de preces nem hino.
Dá-lhe só um caixão branco.

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