domingo, 29 de dezembro de 2013

Kama Sutra - DXXVI

Logo no primeiro encontro ele costuma ser bem claro: fala da estima que tem por seios, coxas e nádegas. Antes falava de olhos, que comparava com estrelas, e de cabelos, nos quais via a réplica ideal do ouro e do sol. Aprendeu com muito sofrimento que o amor é uma baboseira e que são malvistos os que o celebram.

4 comentários:

  1. Fôssemos pragmáticos, Raul, e repetiríamos a última frase deste post todas as manhãs ao acordar, para nós mesmos, como um catecismo. Mas como românticos, vamos continuar errando até o fim, porque Românticos, como já dizia o outro, tem que se foder mesmo... nunca aprendemos.

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    1. Fernando, o que parece uma derrota é na verdade nossa vitória. O amor romântico, que para continuar merecendo o adjetivo não deve consumar-se nunca, nos dá como prêmio único esse, o da incompletude. Ao amor romântico há de faltar sempre alguma coisa. Se faltar tudo, melhor ainda.

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    2. Pois é, uma verdade do ideal romântico que detestamos admitir, mas quanto mais raciocinamos, mais verdadeira ela fica. Obrigado, Raul.

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  2. Fernando, parece que a tendência é o amor ir assumindo cada vez mais seu lugar no catálogo do entretenimento.

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