sábado, 28 de dezembro de 2013

Um poema de Emily Dickinson

"Morri pela beleza, mas estava apenas
No sepulcro acomodada
Quando alguém que pela verdade morrera
Foi posto na tumba ao lado.

Perguntou-me, baixinho, o que me matara.
"A Beleza", respondi.
"A mim, a Verdade - são ambas a mesma coisa,
Somos irmãos."

E assim, como parentes que certa noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou nossos lábios
E cobriu os nossos nomes."

(De Poemas escolhidos, tradução de Ivo Bender, publicado pela L&PM.)

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