sábado, 25 de janeiro de 2014

Os restos do amor (versão final)

Do que respingou nas toalhas,
Do que ficou sob as mesas,
Das carnes, das sobremesas,
O amor recolhe as migalhas.

Do pão cuspido nas palhas,
Das maçãs e das framboesas
Mordidas sem sutilezas,
O amor resgata as rapalhas.

Amor, que praga rogaram,
Que maldição te lançaram,
Que te fizeram, amigo?

Para a fartura nasceste
E na opulência cresceste,
Mas morres como um mendigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário