sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Soneto da impossível consolação

Que compaixão, que conforto
Pode oferecer-se a alguém
Cujo amor é o maior bem
E um dia vê o amor morto?

Que novo rumo, que porto
Pode sugerir-se a quem
Não viveu um dia sem
Estar pelo amor absorto?

O que podemos lhe dar
Capaz de o reconfortar
E de lhe aliviar as dores?

Certamente não abraços,
Estes nossos, tão escassos,
E certamente não flores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário