terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Soneto dos nomes que ouvi na cama

Amei antigamente uma
Dama distraída e tão cruel
Que sem verdade nenhuma
Me chamava de Manuel.

E muitas vezes de Abel
Em nosso colchão de espuma
Me chamou, ou de Ismael,
Quando não de Montezuma.

Somente quando ocorria
De minha chama estar fria
Lhe retornava a memória

E ela então me censurava
E meu nome recordava:
"Raul, de novo essa história?"

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