domingo, 30 de março de 2014

Ao diabo...

... todos os domingos. Não conheci um que prestasse depois dos quinze anos. Qual deles me devolverá a mim como eu era, qual me restituirá os sonhos, as aspirações, os ideais? Longe vão aqueles domingos verdadeiros, em que, com meu dinheirinho no bolso, eu ia para as matinês do Cine Estrela. Chaplin era Chaplin naquele tempo, e os caubóis desbravavam um Oeste com revólveres cujos tiros assobiavam nas rochas. Ah, tolo, e eu queria ser adulto. Eu pensava no amor e no que ele me daria. Que domingo me trará de volta a namorada da infância, aquela única, criada com pureza no meu coração? Pessoa está certo: raios partam a vida e quem lá ande.

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