sábado, 22 de março de 2014

Soneto do cão adorável

Há muito ninguém te liga,
Ninguém se importa contigo,
Já não tens nenhum amigo,
Nem mesmo eu mais, minha amiga.

Permite-me que eu te diga,
Mereces bem o castigo,
Fizeste o mesmo comigo,
Cantaste a mesma cantiga.

Me atraíste, entusiasmaste,
Como a um cão tu me amestraste
E comi em tua mão.

Hoje, que o cão te cansou,
Não sabes nem onde estou,
Eu, teu adorável cão.

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