quinta-feira, 24 de abril de 2014

O amor

O amor agora só sai de casa quando a cidade já dormiu. Para o seu rosto, desfigurado pelo sofrimento, até a lua fecha os olhos, e as estrelas, quando o veem, logo se escondem entre as nuvens. Ele vai ao viaduto onde dormem os leprosos. Lá, seu rosto não causa espanto, e uma das mulheres até o afaga e o chama de querido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário