sexta-feira, 30 de maio de 2014

Soneto da bela adormecida e do ogro insone

Enquanto dormes, eu não
Paro aqui de me afligir
E perguntar à razão
Como tu podes dormir.

Enquanto aqui não consigo
Nem os meus olhos fechar,
Tu sonhas, mas não comigo,
E chegas a suspirar.

E, enquanto teu nome grito
E espero, magoado e aflito,
Que possas me responder,

No sonho, em doces vogais,
Amor já juraste e vais
O nome do outro dizer.

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