segunda-feira, 14 de julho de 2014

Soneto do idiota que por amor morre

Se alguém diz que de amor morre
Em longa angústia e agonia,
Já ninguém mais o socorre,
Já ninguém mais o alivia.

Hoje a ninguém mais ocorre,
Nesta época sem poesia,
Que dura e crua transcorre,
Que o amor a alguém angustia.

Quem por amor diz morrer,
E morre, só pode ser
Ou idiota ou psicopata.

Pois que outro nome terá
Quem não sabe que o amor já
Há dois séculos não mata?

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