sábado, 19 de julho de 2014

Um poema de Marina Tsvetáieva

"Para a minha pobre fragilidade
Olhas, sem dissipar palavras.
Tu és pedra, mas eu canto,
És estátua, mas eu voo levanto.

Eu sei que o maio mais terno
Não é nada, aos olhos do Eterno.
Mas eu sou pássaro - e a mal não leve,
Se sobre mim pousou uma lei mais leve."

(Do livro Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, publicado pela Martins Fontes.)

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