sábado, 23 de agosto de 2014

Joias

Naquela tarde, quando enfiei a mão por baixo da tua saia, furtei alguns dos teus  fios de ouro. Eu os guardo para os dias de inverno e miséria amorosa. Não os venderei nunca. Talvez os leve à casa de penhores, no quinto ou no sexto dia de minha mais longa fome.

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