segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Soneto da praga de Doroti

Disse que se chamava Doroti.
Depois de bolinar-me numa esquina
E de autoproclamar-se ainda menina,
Me pediu que a comesse em pé, ali.

Era feia como uma triste sina,
Mais feia que ela nunca conheci,
E me mandava põe aqui, aqui!,
Com sua voz absurdamente fina.

Me dizia vem, vem, meu marinheiro,
Eu te dou por amor, não por dinheiro,
Vem com tudo, meu bem, não sejas mau.

Não a querendo grátis e nem paga,
Fugi dela, e ela, então, rogou-me a praga
Que mantém o meu mastro a meio pau.


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