domingo, 31 de agosto de 2014

Soneto dos fantasmas que me atormentam

Enquanto durmo, não sei
Nem quero saber de Dante,
De Tolstói, Cabrera Infante,
De Scott e nem de Hemingway.

Enquanto durmo, eu espaços
Não abro para Flaubert,
Para Pascal ou Voltaire,
E nem para John dos Passos.

Enquanto durmo, eu me isento
Do inenarrável tormento
Que impõe a literatura.

Mas quando acordo vêm Eça,
Machado, Agustina Bessa,
E recomeça a tortura.

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