quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Minha vida coube em tua bolsinha

Se eu do amor fosse ainda crente
Se dele não desconfiasse,
Se eu fosse tolo, inocente,
Talvez o amor compensasse.

Talvez, se nele eu confiasse
Como confiei ternamente,
Eu outra vez me enganasse,
Talvez pior que antigamente.

Mas uma coisa não mais
Eu poderia jamais
Dar a ti como ontem dei:

A vida, que tu pegaste,
Na tua bolsa guardaste,
E eu nunca recuperei.






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