quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Soneto de como estão hoje aquelas juras

Estão agora prescritas
As juras todas de amor
Que com febre e com fervor
Um dia nos foram ditas.

Sobre elas paira a tristeza
De tudo quanto gorou
Depois que se proclamou
Com tanto viço e firmeza.

Nós nos lembramos de tudo,
Das frases, do conteúdo,
Do jeito como as disseram.

Tão puras nos pareceram,
Tão fundo nos comoveram,
E tão mentirosas eram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário