quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Soneto de Natal

Se eu tivesse ainda a pureza
Que tinha quando menino,
Me encantaria a beleza
Do alegre toque do sino.

E riria, com certeza,
Como quando, pequenino,
Me alegrava a singeleza
Das notas de qualquer hino.

Passou o tempo, cresci,
E a lição desaprendi
De que o precioso é o banal.

Triste, mudo, só, alheio,
Eu vi ir-se, como veio,
O indesejado Natal.

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