quinta-feira, 30 de abril de 2015

Soneto do amor patife

O amor é aquele patife
Que para bem nos lesar
Tem escritório em Mianmar
E sucursal no Recife.

Não há para ele empecilho.
Se viajar não nos agrada,
Ele dá uma chegada
E nos furta em domicílio.

Furta-nos no Cambuci,
Na Aclimação, no Pari,
Na China, no Paquistão,

E diz não merecer penas
Quem de um homem furta apenas
Nada além do coração.

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