sexta-feira, 24 de abril de 2015

Soneto dos sons do amor

No início, arrebatador,
Com a força da novidade,
O amor tem a intensidade
Das batidas de um tambor.

Depois, torna-se mais fino
Seu toque, e mais apurado,
Tão claro e tão delicado
Quanto o toque de um violino.

Perdendo a força então vai
E o som aos poucos se esvai,
E se transforma em gemido.

É triste, mas é assim.
Sempre o amor chora, no fim,
Como um cãozinho perdido.

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