sexta-feira, 3 de abril de 2015

Soneto dos últimos instantes do amor

Levamos então o amor
Por uma trilha sombria
Já sem sinal de calor
E nem do esplendor do dia.

Que culpa eu sinto, e que dor,
Lembrando que ele sorria
Sem nem pressentir o horror
Que em seguida sentiria.

Sem de nada suspeitar
Ele se deixou levar,
Conversando, conversando.

Foi assim. Meia hora após,
Não muito mais que isso, nós
O estávamos enterrando.

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