domingo, 7 de junho de 2015

Soneto da obsessão do amor

Quando um homem se ensimesma
Em torno de uma paixão,
Muda o mês, muda a estação,
Mas a obsessão sempre é a mesma.

Ele só tem um assunto.
Morreu o amor, porém dois
Ou quarenta anos depois
Falará do amor defunto.

E na paixão que o consome
Dirá sempre o mesmo nome,
Como um devoto no altar.

Morreu o amor, mas ninguém,
Nem por mal e nem por bem,
O fará acreditar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário