segunda-feira, 1 de junho de 2015

Soneto das perdidas primaveras

Sempre os velhinhos no asilo
Falavam da primavera,
Recordando como ela era,
Que belo era tudo aquilo.

Alguns não lembravam bem
Mas floreavam as memórias
E imaginavam histórias,
Todas felizes também.

Um deles, que só ouvia
E nada jamais dizia,
Disse hoje que ia falar.

Pararam todos. Então,
Cobrindo o rosto com a mão,
Ele se pôs a chorar.


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