terça-feira, 16 de junho de 2015

Soneto do velhote mal-acostumado

Como um menino mimado
Que tudo quer possuir, que
Não suporta pitos e
Não pode ser contrariado,

Hoje ele chora, emburrado,
Manhoso como um nenê,
Como um garoto que vê
O seu brinquedo quebrado.

Jogou o jogo do amor,
Dele saiu perdedor,
E esperneia e lamenta,

E pede colo e carinho,
Esse bizarro velhinho,
Esse bebê de setenta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário