sábado, 18 de julho de 2015

Soneto de como o amor nos ama

Não é verdade que o amor,
Desmentindo sua essência,
Nos encara com insolência,
Nos trata com desamor.

O amor nos ama, e tão forte,
Que exibe esse sentimento
Até o último momento,
Aquele da nossa morte.

Não falta ao nosso velório.
Chega e, com seu ar finório,
De velhaco refinado,

Ensaia seu chame, pisca,
Sem vergonha namorisca,
Fingindo estar desolado.

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