sábado, 1 de agosto de 2015

Soneto do que fomos um dia

Agora é tarde. Jamais
Nos tornaremos a ver,
E tudo em que ousamos crer
Pertence hoje ao nunca mais.

Os nossos sonhos e ideais
Não soubemos merecer
E dói-nos hoje saber
Que somos seres normais.

Por um instante somente,
Como um cometa fulgente,
O amor nos modificou.

Pobre de ti e de mim,
Estamos agora assim:
És o que és, sou o que sou.

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