sábado, 5 de setembro de 2015

Soneto daquilo que o poeta é

O poeta é aquele pamonha
Que, enquanto os homens normais
Vivem, se desmancha em ais
E apenas vive o que sonha.

O poeta é aquele cretino
Que, para os jovens casais
Que dançam danças sensuais,
Canções toca em seu violino.

O poeta é aquele coitado
Que, tendo sido enjeitado
E sofrido hipocrisia,

Mesmo morto e sepultado,
O nome do ser amado
Docemente balbucia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário