domingo, 22 de novembro de 2015

Soneto das aflições que o amor impõe

Quem se dá todo ao amor
E o resto da vida esquece
Todo infortúnio merece
E a desgraça, e o dissabor.

Quem do amor é devedor
Perde o juízo, enlouquece,
Porque ao amor apetece
Ser da alma e corpo senhor.

Quem com ele se endividar
Haverá de se afligir,
Sofrer e se atormentar,

E se ao amor tudo der
Verá o amor lhe exigir
Também o que não tiver.

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