domingo, 17 de janeiro de 2016

Soneto do amor, meu patrão (p/ Priscylla Mariuszka Moskevitch)

Quando prometi prover
Seu bolso e sua despensa,
O amor, como recompensa,
Deixou-me sobreviver.

Deixou-me também, cortês,
As suas plantas regar,
A sua casa lavar
E o seu carro japonês.

Desde que seu criado sou,
Ele nunca se queixou
E nem de mim falou mal.

Não me maltrata, ao contrário:
Dá-me em cada aniversário
Um paninho e um avental.

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